Há quase uma década que a China tenta enviar para Marte uma sonda.
Esta não é a primeira vez que a China tenta ir a Marte. Em 2011, um sonda orbital chinesa que acompanhava uma missão russa, perdeu-se quando a sonda não conseguiu sair da órbita da Terra, após o lançamento a partir do Cazaquistão, acabando por arder na atmosfera.
Desta vez, a China avançou sozinha e lançou na mesma missão uma sonda orbital e uma de exploração do terreno, em vez de realizar dois lançamentos.
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O programa espacial da China desenvolveu-se rapidamente nas últimas décadas. Yang Liwei tornou-se, em 2003, o primeiro astronauta chinês e, no ano passado, Chang'e-4 tornou-se a primeira nave a pousar no lado da lua não visível a partir da terra.
Explorar Marte daria à China "muito prestígio", defendeu Dean Cheng, especialista no programa espacial chinês, da Heritage Foundation, em Washington.Aterrar em Marte é particularmente difícil.
Esta semana é já o segundo voo feito para Marte, depois da sonda orbital lançada pelos Emirados Árabes Unidos, a partir do Japão, na segunda-feira.
Os Estados Unidos pretendem lançar o Perseverance ("Perseverança", em inglês), a sua sonda mais sofisticada de sempre, a partir da Florida, na próxima semana.
As sondas vão levar sete meses até chegarem a Marte. Se tudo correr como previsto, o Tianwen-1 vai procurar água no subsolo de Marte ou evidências de uma possível vida antiga no planeta.