Economia

Presidente do CIP: programa Reforçar anunciado pelo Governo é "robusto", "ambicioso" mas "exequível"

O Governo português anunciou o programa Reforçar, um pacote de medidas avaliado em mais de 10 mil milhões de euros para responder às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), elogia a iniciativa, ao mesmo tempo que a classifica como "robusta", "ambiciosa", mas "exequível".

Mariana Jerónimo

O Governo português anunciou um conjunto de medidas "com um volume superior a dez mil milhões de euros" - o programa Reforçar - para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos. Linhas de crédito, seguros de crédito e a expansão de apoios à internacionalização são as principais medidas anunciadas, esta quinta-feira.

Em entrevista à SIC Notícias, Armindo Monteiro elogia a atitude do Executivo numa altura de limitações: "Toda esta organização foi possível para contruir um conjunto de soluções que, neste momento, são aquelas que as empresas necessitam".

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que se trata de um programa "robusto" e "ambicioso", tendo em conta a dimensão da economia portuguesa face a outros países, mas "exequível".

Numa altura em que é quase 'impossível' prever os próximos passos da administração Trump, Armindo Monteiro garante que algumas medidas do programa do Governo são para entrar em vigor no imediato.

"É muito importante que nós tenhamos esta menor exposição ao mercado norte-americano (...) Não podemos ficar totalmente dependentes e por isso encontrar outras alternativas para as nossas exportações e para a internacionalização da nossa economia é fundamental (...) Esta é uma dificuldade que tem de ser realizada já", reforça.

Armindo Monteiro classifica como "bizarria" o que está a acontecer com um país que se afirmava como "principal aliado" de Portugal, ou seja, os Estados Unidos.

"As empresas portuguesas naturalmente não ficam imunes a toda esta 'bizarria', este lado mais errático de uma política".

Na opinião do presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a União Europeia agiu de forma correta ao recuar nas tarifas contra os Estados Unidos.

"A posição negocial da União Europeia parece-nos correta. A globalização não termina com este ruído todo que está a acontecer", finaliza.
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