Os governadores do Banco Central Europeu reúnem-se esta quinta-feira e devem anunciar uma alteração às taxas de juros. Em janeiro, o BCE cortou os juros em 25 pontos base, argumentando que o "processo desinflacionista está bem encaminhado". Catarina Castro, analista de mercados e comentadora da SIC, considera que esse é também agora o cenário mais provável.
“Teremos novamente um corte, uma redução de 25 pontos base, colocando a taxa de depósitos já nos 2,5%, em termos de uma das taxas diretoras do Banco Central Europeu”, antecipa Catarina Castro.
Apesar da expectativa de que as taxas diretoras vão chegar a julho abaixo dos 2%, é incerto em que momentos o BCE vai prosseguir a trajetória de redução, com dúvidas relativamente à reunião de abril.
“Esta trajetória mantém-se intacta em termos de expectativas e de possibilidade, no entanto, terá se calhar um percurso mais lento, e poderá incluir pausas”, explica a analista de mercados.
Relativamente à descida desta quinta-feira, a comentadora da SIC sublinha que vai ter impacto na carteira dos portugueses, sobretudo para os que têm crédito à habitação.
“Vai cristalizar esse mesmo impacto porque as taxas diretoras do ponto de vista das Euribor já estão abaixo deste mesmo valor em todos os prazos e, portanto, principalmente na maturidade e no prazo onde se concentram os créditos de habitação para a generalidade dos portugueses e, portanto, apenas vem confirmar e consolidar este ritmo de confiança de poderão contar com esta folga de orçamento familiar para este ano”, sublinha a comentadora da SIC.