Economia

Dinheiro em depósitos a prazo atinge novo recorde, apesar de não serem a opção mais rentável

O dinheiro aplicado em depósitos a prazo atingiu um novo recorde em novembro, de acordo com dados do Banco de Portugal. Apesar de serem uma das formas de poupança mais populares entre os portugueses, estão longe de ser a opção mais rentável.

SIC Notícias

Desde abril de 2023, os depósitos a prazo têm registado um crescimento contínuo, com o valor a subir há 20 meses consecutivos. Mesmo com queixas de que rendem pouco ou quase nada, continuam a ser o ferramenta preferida das famílias portuguesas.

Em novembro, segundo o Banco de Portugal, foram depositados mais 632 milhões de euros, o que representa um aumento de 7,8% em relação ao mês anterior.

É uma situação aparentemente estranha porque, há vários meses, que os certificados de aforro estão a render mais do que a média dos depósitos a prazo nos bancos.

Os certificados de aforro, disponíveis nos CTT e sem custos de subscrição, oferecem um rendimento de 2,5%, com capital garantido e prémios de permanência para quem mantém o dinheiro aplicado. Já os depósitos a prazo, com prazos entre 1 e 2 anos, oferecem em média um juro de apenas 1,76%.

Apesar de a escolha financeira mais vantajosa parecer óbvia, a preferência pelos depósitos a prazo pode ser explicada pela falta de literacia financeira. Muitas vezes, os clientes seguem as recomendações das instituições bancárias, optando por soluções mais acessíveis ou familiares.

Atualmente, as famílias portuguesas têm cerca de 192 mil milhões de euros depositados nos bancos, somando contas à ordem e depósitos a prazo.

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