O ministro das Infraestruturas assegurou terça-feira que o Governo vai mesmo decidir a localização do novo aeroporto "ao fim de 50 anos de indecisão" e prometeu que 2024 será o ano do reforço das ligações ferroviárias.
Estas posições foram transmitidas por João Galamba no discurso de encerramento do debate parlamentar na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024, durante o qual não se referiu ao processo de privatização da TAP.
"Além das obras ferroviárias e do planeamento dos investimentos portuários, temos e teremos em curso melhorias no Aeroporto Humberto Delgado e tomaremos uma decisão que tem estado indefinida há mais de 50 anos. Sim, decidiremos mesmo a localização do novo aeroporto", declarou, antes de visar as forças políticas à direita do PS.
"Tudo isto, em conjunto, avança numa lógica integrada, tornando Portugal mais competitivo. E, apesar de a oposição à direita não perceber, estas medidas também ajudam as empresas a serem mais competitivas", sustentou.
Na sua intervenção, o membro do Governo prometeu que o seu executivo vai "aumentar e acelerar os investimentos nas infraestruturas".
"Este é mesmo o ano de reforçar e concluir importantes ligações ferroviárias no país. Iniciaremos o investimento mais determinante no setor dos transportes das últimas décadas: A linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto. Logo no arranque de 2024, lançaremos o concurso para construção do primeiro troço desta linha, que irá alterar, estruturalmente, a forma como nos deslocamos em território nacional", especificou.
João Galamba observou depois que a oposição tem criticado a distribuição de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) entre o setor privado e o setor público, mas "esquece-se de referir que grande parte do investimento público financiado se destina aos territórios, às empresas e aos cidadãos".
De acordo com o ministro das Infraestruturas, "Portugal é, cada vez mais, um dos países europeus que mais cresce na atração de investimento estrangeiro e que está mais bem posicionado para tirar partido do ciclo de investimento associado às transições verde e digital e à necessidade de encurtar as cadeias logísticas e reforçar a autonomia estratégica europeia".