O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou, esta quinta-feira, o crescimento do PIB em 2,3% face ao mesmo período do ano passado. Em relação ao mês anterior, o PIB registou uma taxa de variação nula. É a confirmação dos dados, divulgada em 31 de julho, que apontava para uma quebra do contributo da procura externa.
Segundo o INE, este aumento do PIB resulta do “contributo positivo da procura externa líquida". Durante os meses de abril, maio e junho foi registada uma “desaceleração das Exportações de Bens e Serviços em volume mais acentuada que a das Importações de Bens e Serviços”.
Nestes meses foi também registada uma “variação homóloga negativa" das importações, o que determinou "um aumento expressivo dos ganhos dos termos de troca, apesar do abrandamento do deflator das exportações".
O INE refere ainda que o aumento da procura interna também contribuiu para a variação positiva do PIB, quando comparado com o mesmo período de 2022.
Comparando com os dados do primeiro trimestre de 2023, e após um crescimento em cadeia de 1,6% no trimestre anterior, a taxa de variação foi “nula”.
“O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo no 2º trimestre (-0,4 p.p.), após ter sido positivo no 1º trimestre (2,3 p.p.), em consequência da diminuição das exportações, enquanto o contributo da procura interna foi positivo, passando de -0,7 p.p. no 1º trimestre para +0,4 p.p., refletindo a aceleração do consumo privado e uma diminuição menos intensa do investimento.”