A companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair reportou, esta segunda-feira em comunicado, um prejuízo de 96 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado (correspondente ao terceiro trimestre do ano fiscal da Ryanair). O valor compara com um prejuízo de 321 milhões de euros em igual período do ano anterior.
Com 31,1 milhões de passageiros entre outubro e dezembro de 2021 – quase quatro vezes mais dos 8,1 milhões transportados no mesmo período de 2020 – a companhia aérea atingiu 1,47 mil milhões de euros em receitas, um valor muito superior aos 0,34 mil milhões do quarto trimestre de 2020. Neste período o preço médio por bilhete foi de 25 euros, ainda aquém do pré-pandemia.
Apesar de um resultado melhor que em 2020, a propagação da variante Ómicron e as restrições de viagem impostas por alguns países fizeram com que algumas reservas fossem canceladas.
Houve uma recuperação, mas os custos operacionais também aumentaram, para 1,59 mil milhões de euros, custos estes relacionados com “aeroporto e handling, taxas de rota e combustível”.
Para o primeiro trimestre de 2022 é esperada uma ligeira melhoria graças ao levantamento de algumas restrições de viagem, mas ainda assim as reservas estão mais abaixo do que a empresa gostaria, fazendo com que a Ryanair coloque “preços mais baixos para recuperar rapidamente”.
“A previsão de tráfego para o ano inteiro da Ryanair mantém-se inalterada em pouco menos de 100 milhões de passageiros, mas devido à incerteza da covid-19, a orientação de perdas líquidas para o ano fiscal [que termina no final de março] mantém-se dentro de um intervalo mais amplo que o normal de 250 a 450 milhões de euros”, lê-se ainda na nota.