A acusação da Fiscalia Anticorrupção de Madrid expõe empresa de António Vitorino como parte de esquema fraudulento.
O documento, avançado em exclusivo pelo jornal El Mundo, aponta a Raul Morodo, ex-embaixador espanhol na Venezuela, o seu filho Alejo (casado com a filha de Dias Loureiro), e dois sócios de nacionalidade venezuelana, estabelecidos em Espanha, a apropriação de mais de 35 milhões de euros da empresa petrolífera estatal PDVSA.
António Vitorino confirmou ao Correio da Manhã que é proprietário, com a mulher Beatriz de Carneiro, da sociedade Emab Consultores Lda, mas sublinha que "nunca trabalharam para a petrolífera venezuelana".
“É absolutamente falso qualquer envolvimento com empresas venezuelanas, incluindo a PDVSA ou que me tenha apropriado de 35 milhões de euros”, afirmou.
A única ligação indireta à PDVSA que confirmou foi através do escritório de advogados Cuatrecasas, em Lisboa, onde Vitorino chegou a trabalhar.
"Nessa altura, essa sociedade teve algumas atividades ligadas à PDVSA de natureza fiscal, mas não era eu que tratava", esclareceu ao jornal.
De acordo com o El Mundo, o esquema em investigação envolve a apropriação de 35 milhões de euros da empresa de petróleo da Venezuela.
O dinheiro passava por contas offshore na Suíça e no Panamá antes de entrar em Espanha.
O esquema terá acontecido no período de 2004 a 2011, quando Hugo Chávez era líder da Venezuela e José Luis Zapatero o presidente do Governo espanhol.