Economia

BCE deverá anunciar hoje como reduzirá programa de estímulos monetários

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) deverá manter hoje as taxas de juros diretoras nos atuais mínimos históricos e anunciar como fará a retirada gradual do programa de estímulos monetários a partir de 2018.

Francois Lenoir / Reuters

O Conselho de Governadores do BCE - composto pelos governadores dos bancos centrais dos 19 países da zona euro e os seis membros do Comité Executivo da entidade - reúne-se hoje em Frankfurt, na Alemanha, e os mercados aguardam com expectativa o que daí sairá quanto ao programa de compra de ativos, nomeadamente o valor do corte das compras mensais de ativos e a data do fim do programa.

A maioria dos analistas antecipa que a opção do banco central deverá ser a de reduzir para metade as compras de dívida pública e privada - passando dos atuais 60 mil milhões de euros por mês para 30 mil milhões de euros - e estendê-las pelo menos até setembro de 2018.O programa de estímulos monetários começou em março de 2015.

Contudo, há outra opção que o BCE poderá tomar, a de fazer uma redução mais agressiva das compras de ativos para 20 mil milhões por mês, mas estender o programa até dezembro de 2018.

Quanto mais se estendam no tempo os estímulos monetários, mais tarde deverá o BCE subir as taxas de juro, que estão em mínimos históricos desde março de 2016.A taxa aplicável às operações principais de refinanciamento está atualmente em 0%, a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 0,25% e a taxa de juro de depósitos em -0,40%.

O presidente do BCE, Mario Draghi, deu a indicação, nas últimas semanas, de que os juros seguirão em níveis mínimos até bem depois do momento de conclusão do programa de compra de ativos.

Assim, uma extensão das compras até ao outono de 2018 seria interpretada como um sinal de que o BCE não subirá juros até 2019.Os responsáveis do BCE terão em conta, na sua decisão, a fraca recuperação da inflação da zona euro e a cotação do euro frente ao dólar.

Lusa

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