Jean-Claude Juncker anunciou esta semana que vai abrir uma investigação sem precedentes para averiguar as questões éticas que rodeiam a contratação do ex-presidente da Comissão Europeia pelo Goldman Sachs.
"Temos de adaptar o código de conduta de modo a esclarecer sobre o que é permitido aos ex-presidentes da Comissão Europeia e antigos comissários europeus", disse Schulz ao Die Welt.
O grupo bancário norte-americano contratou Barroso para consultor não executivo para a delegação de Londres, apenas duas semanas depois dos britânicos votarem a favor do Brexit. Durão Barroso afirmou que iria dar acompanhamento ao Goldman Sachs em questões relativas aos processo de saída da Grã-Bretanha da UE.
Questionado sobre se as atuais normas éticas da UE eram demasiado permissivas, Schulz respondeu: "Não são suficientemente precisas. É normal que um ex-presidente da Comissão Europeia procure trabalho. Não há problema se escrever livros ou for lecionar para uma universidade, mas é estranho que seja conselheiro do maior banco de investimento sobre a questão do Brexit".
Durão Barroso já se manifestou contra o que considera ser um comportamento "discriminatório" de Juncker, que afirmou que o ex-presidente da Comissão Europeia deixaria de ser tratado como tal. Bruxelas garante que quem for lobista será tratado como tal. Barroso enviou uma carta a Juncker, na qual se defende, dizendo que está a ser vítima de discriminação e que não é lobista.