O plano já está traçado: Mário Centeno ainda tem de se preocupar em reduzir o défice para os 2,2% este ano, mas já está a preparar as contas do próximo. É que em 2017 quer que o buraco nas contas públicas desça para 1,4%, ou seja, de agora até ao próximo ano tem de conseguir cortar 1400 milhões de euros.
Ao que a SIC apurou, o Governo já tem as medidas concretas e as contas apuradas.
A maior receita deverá chegar do BPP, o Banco Privado Português deve devolver, no próximo ano, os 450 milhões de euros em garantias dadas pelo Estado.
As parcerias público-privadas, que foram renegociadas, devem gerar uma poupança de 90 milhões e os pagamentos que foram mal feitos pela Segurança Social devem render 70 milhões de euros.
Outros 30 milhões deverão chegar através das prestações sociais. O Governo vai rever os pagamentos, com o objetivo de poupar dinheiro. Ao que a sic apurou, esta revisão vai ser feita em todas as prestações sociais.
Depois, é esperar que a economia faça o seu papel: terá de crescer ao ritmo previsto pelo Governo, o que também fará com que aumente a receita com impostos, se os portugueses gastarem mais.
Nos impostos, também haverá novidades: o Governo não diz onde, para já, mas a SIC sabe que estima conseguir mais 180 milhões de euros em 2017.
Há medidas que ainda não têm contas feitas. É o caso do corte nas despesas correntes dos ministérios, do impacto que o Governo espera com medidas de modernização da administração pública e com entrada de menos trabalhadores para o Estado.
Tudo junto, e nas contas do governo, dará os 1.400 milhões de euros necessários para descer o défice para 1,4%.
O executivo acredita que estas medidas bastarão e continua convencido que também este ano não será necessário um plano B.