Os maiores bancos portugueses, Caixa Geral de Depósitos, BPI e BCP, foram sujeitos aos exercícios o ano passado, o Novo Banco ficou então de fora da avaliação uma vez que apenas tinha sido criado em agosto, após a resolução que ditou o fim do BES, e ainda persistiam incertezas sobre a totalidade dos seus ativos e passivos.
Assim, na impossibilidade de completar a avaliação antes de outubro, essa foi adiada para este ano, sendo este sábado, 14 de novembro, que será conhecido o resultado do exame à saúde financeira da instituição liderada por Stock da Cunha.
No entanto, este ano, o Novo Banco foi submetido apenas à parte da avaliação completa correspondente ao teste de resistência e não à análise da qualidade dos ativos.
Segundo o BCE, a avaliação deste ano foi realizada "em consonância com a metodologia aplicada no exercício do ano passado", pelo que - tendo em conta isso - para o Novo Banco não 'chumbar' no exame deverá apresentar um rácio de capital mínimo de 8% no cenário base e de 5,5% no cenário adverso, que inclui 'choques' como queda da economia e aumento do desemprego.
Os analistas têm apontado que os testes de 'stress' ao Novo Banco poderão mostrar falhas de capital, que deverão estar entre mil e 2.000 milhões de euros, que terão de ser colmatadas num prazo a ser dado pelo BCE.
As dúvidas quanto às necessidades de recapitalização do Novo Banco terão sido um dos obstáculos à venda da entidade.
O processo de alienação terminou em meados de setembro depois de terem falhado as negociações entre o Banco de Portugal e os três candidatos que chegaram à fase final.
O ano passado, os bancos que tiveram falhas de capital tinham de as preencher em seis meses caso tivessem sido detetadas no cenário base, com o período prorrogado até nove meses caso tivessem surgido no cenário extremo dos testes de 'stress'.
O BCP foi então o único dos três portugueses que não passou nos testes de resistência -- e no cenário mais adverso - enquanto a Caixa e o BPI tiveram nota positiva.
Lusa