Economia

UGT quer salário mínimo nacional em Concertação Social ainda em setembro

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, lamentou hoje que o Governo tenha deixado o aumento do salário mínimo nacional fora da reunião de Concertação Social "sem explicações", reivindicando que a matéria seja debatida ainda este mês.

(arquivo)
PEDRO NUNES

"O Governo não atendeu às nossas preocupações. Tinha prometido abordar  esta matéria na primeira reunião de Concertação Social. Não a elencou, sem  explicações", afirmou Carlos Silva, à chegada ao Ministério da Economia  para uma reunião com Pires de Lima, com a fusão da Refer com a Estradas  de Portugal na agenda.   

Em declarações à Lusa, o secretário-geral da UGT defendeu que "no princípio  da boa-fé, o Governo não pode ignorar a posição dos parceiros sociais, nomeadamente  no agendamento de pontos considerados cruciais".  

"Em relação ao salário mínimo nacional, o assunto não deveria ter sido  desconsiderado. Aguardemos que o Governo reaja com boa-fé e com disponibilidade  para agendar esta matéria ainda este mês", acrescentou.  

Governo e parceiros sociais voltam hoje à Concertação Social, após o  período de férias, para discutir o anteprojeto de reforma do IRS e a racionalização  das medidas ativas de emprego. 

O aumento do salário mínimo nacional não faz parte da ordem de trabalhos  da reunião, mas as duas centrais sindicais pretendem colocar o assunto à  discussão para reafirmar as suas reivindicações. 

Na sexta-feira, depois de ter recebido a convocatória para a reunião  e a respetiva ordem de trabalhos, a CGTP-IN solicitou ao ministro da Solidariedade,  Emprego e Segurança Social que o salário mínimo fosse discutido na reunião  de Concertação Social. 

A Inter justificou a "urgência em atualizar de imediato o salário mínimo  nacional, visto ser uma medida que atinge centenas de milhar de trabalhadores/as  que, trabalhando, empobrecem todos os dias". 

A CGTP tem reivindicado o aumento do salário mínimo nacional para os  515 euros com efeitos a 1 de junho e a UGT reivindica um salário mínimo  de 500 euros retroativo a 1 de julho. 

A CGTP-IN irá apresentar na reunião de concertação uma proposta de evolução  progressiva do salário mínimo nacional até ao início de 2016, de modo a  fixar esta remuneração nos 540 euros em janeiro de 2015 e nos 600 euros,  um ano depois. 

Atualmente o salário mínimo é de 485 euros. 

Lusa

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