Economia

Granadeiro afastado do conselho de administração da nova empresa PT/Oi

O presidente da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, já não fará parte do conselho de administração da nova empresa que resulta da fusão entre a operadora portuguesa e a Oi, cujo acordo inicial previa que seria vice-presidente. Nos termos do novo acordo, a OI devolve à PT a dívida de quase 900 milhões de euros da Rioforte, holding do Grupo Espirito Santo.

JOAO RELVAS

Em comunicado enviado ao regulador brasileiro ao final da noite de segunda-feira,  a Oi dá conta do "prosseguimento das etapas finais da operação de reorganização  societária", depois do novo acordo que acomodou a situação de a PT ter investido  cerca de 900 milhões de euros em papel comercial da 'holding' Rioforte,  do Grupo Espírito Santo (GES), que falhou o pagamento.  

Um dos pontos diz respeito ao "primeiro conselho de administração da  CorpCo a ser eleito em preparação para a sua adesão ao novo mercado".  A composição do conselho de administração da nova empresa resultante  da fusão entre a PT e a Oi será, assim, composto do lado português por cinco  membros: António Gomes Mota, Paulo José Lopes Varela, Rafael Mora, Rui Horta  e Costa e Vítor da Conceição Gonçalves.  
  
Do lado brasileiro, haverá seis administradores: Fernando Magalhães  Portella, Fernando Marques dos Santos, José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha,  Renato Torres de Faria, Sérgio Franklin Quintella e Thomas C. Azevedo Reichenheim. 
   
De fora, face ao comunicado do acordo de fusão enviado à CMVM no início  de oubro de 2013, ficam Henrique Granadeiro e ainda Nuno Vasconcellos, da  Ongoing, continuando neste caso Rafael Mora. Não farão parte ainda do novo  órgão os representantes do BES José Maria Ricciardi e Amílcar Morais Pires,  que entretanto já não pertencem ao conselho de administração do BES.  

Entram, assim, como novos administradores António Gomes da Mota, Horta  e Costa, Vítor da Conceição Gonçalves e Paulo Varela.  
  
O acordo divulgado na segunda-feira ao final do dia sobre a fusão entre  a PT e a Oi prevê ainda novos termos para a troca de títulos da empresa. 

O que estava previsto era a fusão de todos os activos e dívidas da PT com a Oi. Mas como a Rioforte já não tem condições de pagar o empréstimo, esta dívida regressa à PT até que seja paga. 

Por sua vez, a PT já não vai ter mais de 39% do capital da nova holding que resulta da fusão entre a PT e a Oi. A operadora portuguesa já só vai ter 25% da nova holding, a CorpCo, pelo menos até conseguir recuperar parte ou a totalidade da dívida da Rioforte.


Com Lusa

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