A Gazprom fez esta declaração depois de anunciar a passagem para um sistema de pré-pagamento no fornecimento de gás à Ucrânia, o que supunha o corte imediato do fornecimento do combustível ao país vizinho.
A decisão foi anunciada depois de, às 10:00 em Moscovo (07:00 em Lisboa), ter vencido o prazo que a Rússia tinha dado à Ucrânia para pagar 1,95 mil milhões de dólares (1,45 mil milhões de euros), por dívidas anteriores de fornecimento.
O consórcio russo realçou que a empresa ucraniana Naftogaz Ukrainy "tem a obrigação de garantir o transporte do combustível a terceiros países", tal como estipulam os contratos vigentes.
Ao mesmo tempo, a Gazprom indicou que a Comissão Europeia foi informada oportunamente de "possíveis problemas" no transporte do gás caso a Ucrânia começasse a usar o combustível destinado aos consumidores europeus.
De acordo com o consórcio, "foram feitos e far-se-ão todos os esforços possíveis" para impedir problemas no transporte do gás russo para a Europa.
A União Europeia (UE) importa da Rússia a maior parte do gás que consome (39%) e que na sua maioria lhe chega através da Ucrânia.
A UE receia que a Ucrânia se aproprie do gás destinado aos clientes europeus, tal como fez no inverno de 2009.
Lusa