O desfile sai da Praça do Saldanha, sob o lema "Mais Salários, Mais Contratação Colectiva, 35 Horas de Trabalho", em direção à Praça de Londres, onde será entregue uma resolução reivindicativa.
"Contamos ter cerca de dois mil sindicalistas no protesto, que tem como objetivo chamar a atenção do ministro do Trabalho, porque é ele o responsável pelas áreas mais sensíveis para os trabalhadores, nomeadamente a contratação coletiva, os direitos laborais e sociais, os salários e a Segurança Social", disse à agência Lusa Armando Farias, da comissão executiva da Intersindical.
Segundo o sindicalista, a ação de luta tem como objetivo "protestar contra a política de exploração e empobrecimento do Governo do PSD/CDS-PP, reclamar uma justa distribuição da riqueza e uma nova política fiscal, exigir o aumento imediato do salário mínimo nacional para 515 euros e reclamar a revogação da legislação antilaboral, nomeadamente os bloqueios à negociação colectiva".
Com o protesto, a central sindical pretende ainda exigir o cumprimento do direito de negociação coletiva na Administração Publica, que sejam reconhecidos e respeitados centenas de Acordos assinados com as autarquias, que mantêm as 35 horas de trabalho semanal, protestar contra as novas medidas que já estão previstas pelo Governo para baixar ainda mais os salários e diminuir ou eliminar direitos existentes.
"Vamos ainda lutar contra a intenção do Governo de passar os cortes de provisórios a definitivos, exigindo a reposição dos salários, subsídios e pensões roubados aos trabalhadores, reformados e pensionistas, rejeitar a aplicação de mais cortes e nova revisão de legislação laboral para aumentar ainda mais a exploração de todos os trabalhadores, do sector privado, público e empresarial do Estado", disse Armando Farias.
A defesa das Funções Sociais do Estado e os serviços públicos, a melhoria da proteção social aos trabalhadores, aos desempregados e às famílias, o cumprimento da Constituição da República e a demissão do Governo são outros dos motivos que levaram à marcação da manifestação.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, fará uma intervenção político-sindical junto ao Ministério do Trabalho.
Lusa