Antes do início da cimeira, o chefe de Governo português participa no almoço de trabalho do Partido Popular Europeu e encontra-se com o presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz.
A agenda oficial da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia começa às 17:30 (menos uma hora em Lisboa), com uma primeira sessão de trabalho dedicada ao semestre europeu, ou seja, para analisar a situação macroeconómica e o andamento das reformas em vários países sob vigilância, além de uma discussão sobre a estratégia de desenvolvimento 2014-2020.
Os líderes europeus deverão ainda abordar a união bancária, cujas (difíceis) negociações para ultimar o mecanismo único de resolução de bancos decorrem há vários meses, com divergências públicas entre o Conselho e o Parlamento Europeu em relação às capacidades do novo fundo e ao seu método de atuação.
No que respeita ao novo mecanismo de resolução, Portugal tem defendido uma posição mais aproximada da do Parlamento, com um fundo mais robusto financeiramente e que permita a mutualização.
Na quarta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse que o Governo português reforçará na reunião a necessidade da construção de uma "verdadeira união bancária" e lamentou o que disse ser alguma "indecisão" entre alguns parceiros europeus.
"É preciso que o mecanismo de resolução bancária tenha um adequado apoio europeu e possa constituir-se de forma mais rápida do que o que está previsto", defendeu.
A política industrial europeia será outro dos temas em análise na reunião de Bruxelas, assim como o clima e a energia (estes dois na sexta-feira), embora em relação a estes dois últimos assuntos a tomada de decisões tenha sido prorrogada até outubro.
A situação na Ucrânia e particularmente na Crimeia será o ponto essencial do jantar de trabalho previsto para hoje e deverá ser tomada uma posição conjunta após o referendo do último domingo, estando ainda prevista para sexta-feira a assinatura da componente política do acordo de associação com a Ucrânia, com a presença do primeiro-ministro, Arseniy Yatsenyuk.