Economia

Passos Coelho hoje em Bruxelas para reunião dominada por Crimeia

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, participa hoje na reunião do Conselho Europeu, que decorre até sexta-feira em Bruxelas, e que deverá ser dominada pela situação na Crimeia e a resposta da União Europeia à Rússia.

Antes do início da cimeira, o chefe de Governo português participa no  almoço de trabalho do Partido Popular Europeu e encontra-se com o presidente  do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz. 

A agenda oficial da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União  Europeia começa às 17:30 (menos uma hora em Lisboa), com uma primeira sessão  de trabalho dedicada ao semestre europeu, ou seja, para analisar a situação  macroeconómica e o andamento das reformas em vários países sob vigilância,  além de uma discussão sobre a estratégia de desenvolvimento 2014-2020. 

Os líderes europeus deverão ainda abordar a união bancária, cujas (difíceis)  negociações para ultimar o mecanismo único de resolução de bancos decorrem  há vários meses, com divergências públicas entre o Conselho e o Parlamento  Europeu em relação às capacidades do novo fundo e ao seu método de atuação.

No que respeita ao novo mecanismo de resolução, Portugal tem defendido  uma posição mais aproximada da do Parlamento, com um fundo mais robusto  financeiramente e que permita a mutualização. 

Na quarta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, Pedro  Passos Coelho, disse que o Governo português reforçará na reunião a necessidade  da construção de uma "verdadeira união bancária" e lamentou o que disse  ser alguma "indecisão" entre alguns parceiros europeus. 

"É preciso que o mecanismo de resolução bancária tenha um adequado apoio  europeu e possa constituir-se de forma mais rápida do que o que está previsto",  defendeu. 

A política industrial europeia será outro dos temas em análise na reunião  de Bruxelas, assim como o clima e a energia (estes dois na sexta-feira),  embora em relação a estes dois últimos assuntos a tomada de decisões tenha  sido prorrogada até outubro. 

A situação na Ucrânia e particularmente na Crimeia será o ponto essencial  do jantar de trabalho previsto para hoje e deverá ser tomada uma posição  conjunta após o referendo do último domingo, estando ainda prevista para  sexta-feira a assinatura da componente política do acordo de associação  com a Ucrânia, com a presença do primeiro-ministro, Arseniy Yatsenyuk.

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