"Temo que [a contestação] desvalorize a empresa. É óbvio! Mas não é só os CTT. Cada greve desvaloriza as empresas. É nos CTT, é no setor dos transportes, assim como em qualquer outro setor", afirmou Sérgio Monteiro, em declarações aos jornalistas à margem do colóquio "A Nova Lei-Quadro das Entidades Reguladoras", organizado pelo CEDIPRE -- Centro de Estudos de Direito Público e Regulação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
"Qualquer movimento de contestação não é positivo para efeitos de valor, mas também quero deixar completamente claro que não são as greves que nos impedirão de continuar a executar aquilo que está no programa do Governo", reforçou.
O governante fez ainda questão de acrescentar que a privatização dos CTT "está também combinada no memorando de entendimento com a 'troika', e a credibilidade do país é um ativo tão ou mais importante do que todos os outros em presença. Porque a credibilidade perde-se de um dia para o outro e a confiança leva anos a recupescudando-se na circunstância de regulamentação específica dos fundos de pensões, sua transferência e regras que passaram a vigorar ser uma "matéria da ADSE e do Ministério das Finanças".
O governante manifestou-se, no entanto, "seguro" de que, "se houver cortes ou se não houver cortes, eles estão conforme com as regras de transferências e a Lei que também cobre esses fundos de pensões".
"Não faremos nada de diferente do que aquilo que está definido já por lei", disse.
Lusa