Desporto

Processo do caso dos "vouchers" do Benfica arquivado

Oito anos depois de ter sido denunciado pelo então na altura presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, os encarnados eram acusados de fazer ofertas a equipas de arbitragem com o famoso “Kit Eusébio”.

Rafael Carvalho Ferreira

O DCIAP - Departamento Central de Investigação e Ação Penal arquivou o processo movido contra o Benfica, que ficou conhecido como o caso dos "vouchers”.

Oito anos depois de ter sido denunciado num programa televisivo pelo então na altura presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, o Benfica era acusado de fazer ofertas a equipas de arbitragem, observadores e delegados, num valor que poderia chegar aos 250 mil euros por época.

Segundo o despacho a que a SIC teve acesso, as provas recolhidas não permitiram sustentar de que, ao aceitar as ofertas, os árbitros, delegados e observadores teriam como finalidade adulterar o resultado desportivo.

No documento consta ainda que com os indícios recolhidos foi possível concluir que os envolvidos aceitavam uma vantagem que não lhes era devida. Mas à data dos acontecimentos, o crime de recebimento indevido de vantagem no desporto não estava previsto na lei.

Em reação a esta decisão, a defesa do Benfica, em declarações à SIC Notícias, mostra-se satisfeita: “O único comentário a fazer é de satisfação, não só pelo arquivamento, mas também pelos seus fundamentos inequívocos”.

O Benfica oferecia a cada elemento o famoso “Kit Eusébio”, que continha uma réplica da camisola do malogrado jogador, entradas para o Museu Cosme Damião e ainda convites para o restaurante Museu da Cerveja, em Lisboa.

Este processo tinha como arguidos a Benfica SAD, Rui Costa, Domingos Soares de Oliveira, José Eduardo Moniz e Luís Filipe Vieira.

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