Fernando Pimenta está entre os sete canoístas olímpicos e dois paralímpicos portugueses que de quarta-feira a domingo vão tentar nova presença nos Jogos, decidindo o seu futuro nos Mundiais da Alemanha, que atribuem boa parte das vagas para Paris2024.
Em Duisburgo, a seleção lusa é mais vasta, apresentando-se com 13 atletas a candidatar-se aos Olímpicos e três aos Paralímpicos na primeira de duas fases para o conseguir, sendo que na primavera de 2024, em Szeged, Hungria, poucas serão já as vagas, nenhuma no caso dos K4.
Apurar esta que é a maior tripulação é, por isso, a prioridade da generalidade das federações, que assim poderão, posteriormente, desdobrá-la em K2 e K1, garantindo assim a participação em mais provas. João Ribeiro e Messias Baptista, que vão procurar ser bem-sucedidos igualmente no K2 500 metros, são os homens da frente do K4 500 que inclui ainda o aspirante a estreante olímpico Kevin Santos e Emanuel Silva, que não falha a competição desde Atenas2004, em busca da sua sexta presença.
Fernando Pimenta não entra nestas contas, focado no seu K1 1.000 com o qual foi medalha de bronze em Tóquio2020, depois da prata de Londres2012 em K2 1.000, com Emanuel Silva.
Os resultados dos dois últimos anos dão 'favoritismo' ao êxito de Fernando Pimenta e da dupla João Ribeiro/Messias Baptista, que também nunca baixou do top 5 europeu e mundial.
No setor feminino, o K4 terá Francisca Laia como voga, seguida de Teresa Portela, Joana Vasconcelos e Maria Rei, a única nova pretendente a cumprir o sonho olímpico.
Das quatro, há um trio que terá uma segunda oportunidade de classificar-se, nomeadamente Teresa Portela em K1 500 e Francisca Laia e Joana Vasconcelos em K2 500.
Para serem bem-sucedidas, boa parte destas tripulações têm de ficar nas seis mais fortes do planeta - o K4 é nos 10 primeiros, desde que nesta classificação estejam representados quatro continentes, o que é pouco provável, pelo que o sexto posto é a única garantia.
Nas canoas o cenário parece menos favorável para as duplas Inês Penetra/Beatriz Fernandes, ainda bastante jovem, e Bruno Afonso/Marco Apura, ambos em C2 500 e com oito 'bilhetes' em disputa -- Inês Penetra vai tentar também a C1 200 e Marco Apura a C1 1.000.
Esta é identicamente a altura para os paracanoístas decidirem o seu futuro, no caso Norberto Mourão, bronze em Tóquio2020, em VL2, e Alex Santos, quinto no Japão, em KL1, tendo aqui a companhia de Floriano Jesus, igualmente com os seis primeiros como meta.