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Mário Costa renuncia a cargo na Liga após suspeitas de tráfico humano

O presidente da Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que disse não ter praticado “nenhum ilícito criminal”, decidiu renunciar ao cargo esta quarta-feira.

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Daniel Pascoal

SIC Notícias

A Liga Portugal anunciou, através de um comunicado, que Mário Costa decidiu renunciar ao cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portugal. A decisão vem na sequência da polémica em torno de uma academia em Famalicão.

Cerca de 40 menores estrangeiros que poderão ser vítimas de tráfico de seres humanos foram retirados de uma academia de futebol em Riba de Ave, concelho de Famalicão, e colocados em instituições de acolhimento.

A Liga Portugal divulgou esta quarta feira que “no decurso da reunião de urgência convocada pelo Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, com os presidentes dos três Órgãos Sociais da instituição – Mesa da Assembleia Geral, Conselho Jurisdicional e Conselho Fiscal -, o Dr. Mário Costa informou da decisão de renunciar ao cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portugal”.

Mário Costa foi alvo da investigação do SEF

A residência de Mário Costa foi um dos locais alvo de buscas realizadas no âmbito da investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que identificou 47 vítimas de tráfico humano no desporto.

O site do Expresso adianta que Mário Costa foi constituído arguido pelo Ministério Público, acrescentando que em causa estão suspeitas de tráfico de seres humanos.

A primeira reação do agora ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral da LPFP foi no sentido de que não cometeu qualquer “ilícito criminal”.

Informo que aguardo serenamente o desenrolar das investigações certo e confiante de que se apurará a verdade dos factos que revelará que nenhum ilícito criminal foi praticado", conclui a nota, enviada às redações.

Pagam 500 euros, não recebem salário e ficam sem passaporte

Em causa estará o recrutamento de jovens jogadores, que, de acordo com a notícia avançada pelo Expresso, chegam a pagar 500 euros para serem colocados em pequenos clubes portugueses, mas não recebem salário, nem podem regressar ao país de origem, porque lhes foram retirados os passaportes.

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