Desporto

O caso dos e-mails, arbitragem e videoárbitro, segundo Pinto da Costa

O presidente do FC Porto diz que "o Governo assobia para o lado" em problemas no futebol relacionados com o Benfica. Em entrevista ao jornal O Jogo, Pinto da Costa falou da questão dos e-mails e da arbitragem, afirmando que acabava de imediato com o vídeo árbitro.

A frase que faz manchete refere-se ao polémico caso dos e-mails. Em entrevista a'O Jogo, Pinto da Costa diz que as mensagens que o Porto tem vindo a revelar contribuem para a moralização do futebol:

"Não podíamos estar calados e assistir àquelas bandalheiras e àqueles compadrios que os emails demonstram que existiam".

Critica o Governo português por nada fazer perante as denúncias que o Porto tem apresentado e diz já ter perdido a esperança numa intervenção política, mas não na ação da PJ:

"Vou ser muito franco, até porque não sou político e estou à vontade: do Governo não espero nada. O Governo assobia para o lado. (...) Da Polícia Judiciária espero, porque sei que estão a trabalhar no assunto, pelos dados que nos têm pedido e estão a trabalhar com seriedade e rigor."

As acusações de inação do Governo estendem-se ao caso das claques não oficiais do Benfica:

"A grande ilegalidade do futebol português tem anos: são as claques do Benfica, que inclusivamente têm proteção policial e do clube."

Uma conversa que garante já ter tido com Fernando Gomes. que diz estar de acordo com o seu desagrado mas que nada pode fazer por "não ter força", insistindo que quando se trata de assuntos relacionados com os encarnados, o Governo assobia para o lado.

Pinto da Costa volta a falar do Benfica, quando se refere à arbitragem. Pinto da Costa diz que o Porto tem sido prejudicado pelo vídeo árbitro e recorda os jogos das últimas duas jornadas com o Aves e com o Benfica.

"Neste momento acabava com o vídeo-árbitro. (...) Nos jogos do Porto, em todos os lances de possível dúvida, porque não há dúvida nenhuma como o penálti nas Aves e como o penálti do Luisão, aí o VAR estava distraído. Portanto, o VAR só tem servido nos jogos do Futebol Clube do Porto para dar cobertura aos falhanços dos árbitros."

Diz que os portistas têm o direito à indignação, sem violência e que foi também com indignação que viu o castigo de seis meses de Fernando Madureira por causa de cânticos sobre a Chapecoense. Lembra outras músicas de ódio do Benfica contra o FC Porto e diz que se fosse ministro demitia o secretário de Estado e todo o Instituto Português do Desporto e Juventude por não agirem, algo que demonstra a impunidade com que se move tudo o que diz respeito ao clube da Luz.

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