Desporto

Portugal cai frente ao Brasil no prolongamento

A seleção portuguesa de futebol de sub-20 perdeu  sábado uma excelente oportunidade para conseguir o "tri" no Mundial da categoria,  ao cair na final, face ao Brasil (2-3), no prolongamento, em Bogotá, na  Colômbia. 

(EPA)
MAURICIO DUEÑAS

Depois de um percurso sensacional, sem qualquer golo sofrido em seis  jogos, Portugal esbarrou na felicidade de Óscar, que marcou três (cinco,  78 e 111 minutos), e em algumas oportunidades perdidas em momentos decisivos.

Nelson Oliveira, que marcou o segundo tento luso, aos 59 minutos, poderia  ter "acabado" com o jogo aos 73, e Caetano, que substituiu Alex, autor do  primeiro, aos nove, falhou clamorosa ocasião já no tempo extra, aos 97.

Ao contrário do que sucedeu em 1989 (2-0 à Nigéria, em Riade) e em 1991  (4-2 na "lotaria" ao Brasil, em Lisboa), Portugal caiu na final, mas foi  "gigante", fez bem mais que os mais otimistas esperavam e esteve muito perto  do "ouro". 

Em relação ao encontro das meias-finais (2-0 à França), Ilídio Vale  procedeu apenas a uma alteração, com a entrada de Saná para o lugar de Júlio  Alves, enquanto o selecionador "canarinho" fez alinhar o "onze" habitual.

O jogo começou com as duas equipas a estudar-se, só que, e sem que nada  o fizesse prever, o Brasil marcou logo aos cinco minutos, num livre de Óscar,  que Sérgio Oliveira desviou, de cabeça, para a própria baliza. 

Após 575 minutos, Portugal sofria o primeiro golo na prova, mas não  demorou a reagir e restabeleceu a igualdade aos nove: Nelson Oliveira levou  a bola à linha, sobre a direita, e centrou atrasado, para Alex encostar.

Num início frenético, a equipa lusa quase voltou a introduzir a bola  na sua baliza na jogada seguinte, aos 10 minutos, desta vez por intermédio  de Nuno Reis, valendo Mika, a salvar já em cima da linha e com a ajuda da  barra. 

Algo perturbada, a equipa lusa ainda passou por outros momentos de aflição,  sobretudo em jogadas de bola parada, mas não demorou a recompor-se e o equilíbrio  passou a reinar. 

Esta nova ordem só foi alterada nos derradeiros 10 minutos da primeira  parte, dominados por Portugal, com Nelson Oliveira a ameaçar em três ocasiões  (35, 36 e 39 minutos) e Pelé a tentar a sua sorte de longe (41). 

Para a segunda metade, Ney Franco fez entrar Negueba e Allan, enquanto  aos 57 minutos, Ilídio Vale perdeu Cédric, por lesão, colocando em campo  Júlio Alves e fazendo recuar Pelé para lateral direito. 

A equipa lusa não acusou nova contrariedade e passou para a frente do  marcador aos 59 minutos: Nelson Oliveira ganhou em velocidade à defesa brasileira  e, mesmo sem ângulo, tentou a sua sorte e marcou, com culpas para o guarda-redes  Gabriel. 

O Brasil assumiu mais o jogo e tentou reagir, mas, mesmo com algumas  perdas de bola desnecessárias, Portugal foi controlando as operações e,  em contra-ataque, Nelson Oliveira quase "bisou", aos 73 minutos. 

A formação das "quinas" não "matou" o jogo e, cinco minutos volvidos,  Dudu, que havia substituído Coutinho, levou a melhor sobre Pelé, centrou  da esquerda, Mika defendeu para a frente e Óscar só teve de empurrar. 

Os minutos seguintes foram de sofrimento para Portugal, perante a pressão  de um entusiasmado Brasil, mas, na parte final, foi Portugal que esteve  mais perto de evitar o prolongamento, por Júlio Alves (89 minutos) e Caetano  (90+2). 

Entrado para o lugar de Alex, o pequeno jogador luso voltou a ser protagonista  já no tempo extra, aos 97 minutos, quando, completamente isolado, tentou  o "chapéu" e colocou a bola nas mãos do guarda-redes "canarinho". 

Já na segunda parte do prolongamento, mais precisamente aos 111 minutos,  o brasileiro Óscar, a grande figura da final, centrou da direita... e selou  o "hat-trick". 

Portugal, que ainda perdeu Danilo, por lesão, lutou até ao final, mas  as forças já eram muito poucos. A equipa de Ilídio Vale ficou sem título,  mas caiu de pé. 

Lusa

Últimas