Desporto

Gil Vicente festejou título da Liga de Honra e subida à I Liga

A conquista do título de campeão da Liga  de Honra de futebol e a consequente subida de divisão originou, ontem, uma  onde de euforia em Barcelos, com milhares de pessoas em festa nas ruas da  cidade minhota. O epílogo da festa estava marcado para o Largo da Porta Nova, onde tinha  sido montado um palco para receber os jogadores que fizeram o clube regressar  à Liga principal após cinco anos de ausência.   

Gil Vicente venceu CD Fátima por 3-1 e subiu à I Liga
HUGO DELGADO
Gil Vicente sagrou-se também campeão da Liga de Honra de futebol 2010/2011
HUGO DELGADO

O presidente António Fiúza está radiante e considera que este triunfo  meramente desportivo, obtido dentro das quatro linhas, "é uma bofetada de  luva branca aos senhores do Conselho de Justiça da Federação que despromoveram  o Gil Vicente há cinco anos atrás", pois consideraram que um contrato de  trabalho é um assunto estritamente desportivo e não administrativo. 

António Fiúza referia-se assim ao famoso e polémico "Caso Mateus", que  há cinco anos ditou a despromoção administrativa do Gil Vicente e a manutenção  do Belenenses na Liga principal, apesar de o clube do Restelo ter terminado  o campeonato na zona de descida. 

O líder gilista considera ainda que "para já só foi feita meia justiça,  porque a outra meia serão os tribunais a decidir", mas diz acreditar que  "já ninguém tem dúvidas de que o Gil Vicente tem razão". 

Relativamente ao futuro António Fiúza referiu que na próxima semana  irá reunir com o treinador Paulo Alves para iniciar a preparação da próxima  época. 

"Naturalmente que vamos reforçar a equipa, mas estamos otimistas e,  perante o apoio que se viu hoje aqui, o Gil Vicente poderá vir a ser o sexto  clube português", disse. 

Paulo Alves, por seu lado considerou que o clube conseguiu os seus objetivos  desportivos e por isso todos estão satisfeitos: "Fiquei muito feliz por  ter participado neste feito. Subir de divisão era o objetivo, mas ter sido  campeão é indescritível".

Técnico disponível para continuar

O técnico reconhece que foi muito difícil e surgiram algumas contrariedades  durante a época, mas sublinhou que o Gil Vicente acabou "por ter um final  feliz". 

Sem querer alongar-se muito quanto ao futuro, Paulo Alves disse estar  disponível para conversar: "Sempre tive o objetivo de treinar na primeira  Liga e se for aqui no Gil Vicente tanto melhor. Hoje ficou demonstrado que  este clube é um clube de massas. Não existem muitos, mesmo na primeira Liga,  com esta capacidade de mobilização de adeptos". 

O "gigante" goleador brasileiro Ramazotti, emprestado pelo Santo André,  está muito feliz por ter ajudado o clube barcelense e referiu que o grupo  "sempre acreditou" que era possível subir e até de ser campeão da Liga de  Honra.  

"Lutámos muito e acabámos por conseguir o título com justiça. Foi muito  bom para nós, jogadores e para esta magnífica massa associativa", afirmou.

Os sócios e adeptos estão eufóricos e não deixam de comentar a injustiça  cometida ao clube há cinco anos atrás: "Está feita a vingança, mas foi dentro  do campo, não foi na secretaria", são alguns dos comentários que se ouvem  nas ruas de Barcelos. 

Lusa

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