Morreu, esta terça-feira, o aclamado ator e cineasta de Hollywood Robert Redford, de 89 anos, confirmou a empresa de publicidade que representava o norte-americano.
O New York Times avança, esta terça-feira, que Cindi Berger, diretora executiva da Robert & Cowan PMK, empresa publicitária que representava o ator, confirmou que o artista morreu durante a manhã desta terça-feira, na sua residência, em Utah, nos EUA.
A diretora executiva informou o meio de comunicação social norte-americano que Robert Redford morreu durante o sono, sem especificar a causa de morte.
O ator, que foi casado duas vezes, deixa quatro filhos e sete netos.
Primeiros passos no universo da representação
O ator iniciou o seu percurso no mundo da representação após ter concluído os estudos no Instituto de Arte Pratt, em Nova Iorque, e na Academia Americana de Artes Dramáticas.
No final da década de 60, Robert Redford já era presença assídua em vários projetos da Broadway, com destaque para a sua participação em 'Descalços no Parque', uma comédia romântica que elevou o estatuto do artista.
A partir daí, contabilizam-se inúmeros sucessos no grande ecrã, nomeadamente 'Dois Homens e um Destino' (de 1969), 'O Nosso Amor de Ontem' (1973), a 'Golpada' (1973), 'Todos os Homens do Presidente' (1976), entre tantos outros.
Foi, justamente, o filme 'Golpada' que lhe valeu a primeira e única nomeação para um Oscar enquanto ator.
No auge da carreira era visto como um 'sex symbol' e um dos principais rostos da indústria cinematográfica de Hollywood, tendo integrado o elenco de películas cómicas, dramáticas ou até mesmo em 'thrillers'.
O primeiro Oscar e a mudança de rumo
Em 1980, decidiu aventurar-se como realizador ao produzir ' Gente Comum', em 1980, uma primeira experiência que foi um absoluto sucesso. O drama valeu a Redford o Oscar de melhor diretor, no entanto a mesma produção arrecadou três outras estatuetas.
Como diretor esteve ainda envolvido em longas metragens como 'O Segredo de Milagro' (1988), 'Duas Vidas e o Rio' (1992) e 'Quiz Show' (1994).
Redford ganhou também notoriedade pelo trabalho desempenhado fora do grande ecrã. Em 1981, o Instituto Sundance, uma organização sem fins lucrativos dedicada a cultivar o gosto pelo cinema e a incentivar e a dar expressão a novos talentos.
Os realizadores Quentin Tarantino, James Wan, Darren Aronofsky, Nicole Holofcener, David O. Russell, Ryan Coogler, Robert Rodriguez, Chloé Zhao e Ava DuVernay, por exemplo, foram alguns dos grandes nomes que receberam apoio do instituto numa fase embrionária das carreiras.
Três anos depois, deu nova vida a um festival de cinema no Utah e renomeou-o, alguns anos depois, para 'Festival de Cinema Sundance'. O evento tornou-se célebre e conhecido por todo o globo.
O Instituto fundado pelo ator, bem como o próprio, foram vozes ativas em questões sociais e incentivaram a produção de comentários que abordavam temas como os diretos LGBTQIA+ e as alterações climáticas.
Entre as imensas distinções que venceu ao longo da extensa carreira destaca-se o Oscar Honorário vencido em 2002, um cetro que premiou todo o percurso trilhado no mundo do cinema ao longo dos anos.
Os seus últimos trabalhos enquanto ator foram os filmes 'Nós, ao anoitecer' (2017) e 'O Cavalheiro com Arma' (2018).