Taylor Swift pode ser um fenómeno mundial da música, com um recorde de prémios Grammy e uma digressão que supera os mil milhões de dólares em receitas, mas há quem venha ao concerto da cantora no Estádio da Luz para ouvir música… que não é a dela.
É o caso de Joca, que tem 29 anos. Veio de Amarante até Lisboa, para o espetáculo de Taylor Swift, apesar de não estar minimamente interessado nela: “Não venho ver a Taylor Swift, é verdade.”
O que atraiu o jovem até ao Estádio da Luz, afinal? A banda de abertura: Paramore.
O grupo norte-americano de rock alternativo, liderado por Hayley Williams – amiga próxima de Taylor Swift – está em Portugal apenas pela segunda vez (a primeira foi em 2011, no festival então chamado “Optimus Alive”). E apesar de não ser num concerto em nome próprio – mas, sim, para fazer a primeira parte da grande estrela do pop -, há fãs que vêm de propósito apenas para ouvi-los.
“Quando eles vieram cá, já há mais de dez anos, não tive hipótese de ir. E agora surgiu esta oportunidade. (…) Sou muito fã de Paramore, desde o “Riot [segundo álbum de estúdio da banda, editado em 2007]. (…) Gosto muito dessa sonoridade, dessa fase ‘emo’ e ‘pop punk’. Sempre me identifiquei muito.”
Desde então, os Paramore sofreram alterações na composição original – dos membros originais, restam hoje três: a vocalista Hayley Williams, o guitarrista Taylor York e o baterista Zac Farro] e na sonoridade da música. Os últimos álbuns “After Laughter” (2017) e “This Is Why” (2023) experimentam géneros como ‘synthpop’ e ‘dance punk’.
As mudanças não convenceram totalmente Joca, mas nada que o afaste da banda nem que o faça querer menos ver a banda ao vivo.
O plano para este espetáculo, revela, é “furar” pela plateia até à primeira fila apenas para ver a primeira parte, e depois ir lá para trás e deixar os verdadeiros ‘swifties’ aproveitarem o concerto da cantora, mal os Paramore acabem de tocar.
De resto, Joca acredita que fazer a primeira parte de Taylor Swift pode abrir mais portas à banda.
“É super importante eles fazerem esta abertura, (…) porque também se apresentam aos fãs da Taylor”, explica. “É bom esta atenção mediática que eles estão a ter. Como banda, vai ser impactante.”
Tão impactante que, espera este fã, possa levar a uma futura digressão de Paramore, já em nome próprio, na Europa – que lhe permita voltar a vê-los em Lisboa. “Acredito que no MEO Arena, em 2025 ou 2026, é muito possível.”