Um conjunto de dois cadernos de notas de Charles Darwin foram devolvidos, de forma anónima, à Universidade de Cambridge, mais de 20 anos depois de terem sido dados como desaparecidos.
A universidade, em comunicado, confirma que foram recuperados em março deste ano depois de serem deixados à porta do escritório da bibliotecária. Encontravam-se dentro de um saco rosa, embrulhados em plástico e acompanhados de um envelope castanho com uma mensagem não assinada.
“Bibliotecária
Boa Páscoa
X”, podia ler-se na mensagem.
Um dos cadernos é o famoso esboço da “Árvore da Vida” de 1837 de Darwin. A universidade acredita que os dois juntos valem “milhões”.
Foram dados como desaparecidos em 2001, durante uma verificação de rotina. A busca pelos cadernos durou vários anos, mas a universidade acabou por dá-los como desaparecidos – e provavelmente roubados – em novembro de 2020, lançando um apelo mundial para serem recuperados.
Jessica Gardner, bibliotecária da Universidade de Cambridge, diz que o sentimento de terem recuperado os cadernos “é profundo e quase impossível de explicar”. Apesar de serem “minúsculos, do tamanho de cartões postais”, o “impacto na história” é enorme, acrescenta.
“Objetos como estes são cruciais para a compreensão não apenas da História da ciência, mas da História da humanidade.”
A investigação sobre o desaparecimento e devolução dos cadernos está em curso, informa ainda o comunicado.