"Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer", afirmou o músico em comunicado divulgado pela editora Universal Music. Em causa está uma comparação, que adquiriu uma dimensão viral nas redes sociais, entre a música escrita por Diogo Piçarra e um tema religioso da Igreja Universal do Reino de Deus.
"Desconhecia por completo o tema e continuarei a defender a minha música por acreditar que foi criada sem segundas intenções", explicou o músico, dizendo estar de "consciência tranquila". Segundo o músico, a ideia de "Canção do fim" surgiu-lhe em 2016, juntamente com outras músicas, que acabaram por ser incluídas no mais recente álbum, "do=s".
"Mantive-a guardada por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música. E é engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, e perceber que a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói", afirmou.
Escrita e interpretada por Diogo Piçarra, "Canção do fim" obteve no domingo a pontuação máxima do júri e do público na segunda semifinal do Festival da Canção, que decorreu em Lisboa.Para a final do festival, além de "Canção do Fim" foram ainda apuradas "O Jardim" (composta por Isaura e interpretada por Cláudia Pascoal), "Bandeira Azul" (Tito Paris/Maria Inês Paris), "Patati Patata" (Paulo Flores/Minnie & Rhayra), "O Voo das Cegonhas" (Armando Teixeira/Lili), "Amor Veloz" (Francisco Rebelo/David Pessoa) e "Sunset" (Peter Serrado).
Lusa