Em declarações ao The Washington Post, Brechtken afirma: “Compreendo que alguns possam sentir desconforto ao saber que um livro que desempenhou um papel tão dramático possa voltar a estar disponível ao público (…) Por outro lado, penso que é uma forma apropriada de transmitir conhecimento e informação histórica – uma publicação com comentários apropriados - precisamente para prevenir que esses acontecimentos traumáticos voltem a acontecer”.
Os direitos autorais de “Mein Kampf” (“A Minha Luta” em português) cessam no final deste ano e após vários avanços e recuos, o Governo da Baviera admitiu a publicação, em 2016, de uma edição comentada do manifesto de Hitler.
Quando as tropas americanas ocuparam Munique, no final da II Guerra, a editora Franz Eher, que publicara “Mein Kampf” e que detinha os direitos da obra, foi desmantelada. Os direitos passaram para o Governo da Baviera, que nunca permitiu a reedição da obra, autorizando apenas a publicação de alguns excertos para fins pedagógicos.
Florian Sepp, responsável da Biblioteca Estatal da Baviera, que detém o original do “Mein Kampf”, disse ao The Washington Post: “Este livro é demasiado perigoso para o público em geral”.