Cultura

Reedição do “Mein Kampf” em 2016 gera polémica

A decisão de autorizar a publicação de “Mein Kampf”, de Adolf Hitler, no início de 2016, pela primeira vez em 75 anos, está a suscitar polémica. O manifesto nazi deverá ser publicado pelo Instituto de História Contemporânea de Munique. A reedição do “Mein Kamps” visa “prevenir que esses acontecimentos traumáticos voltem a acontecer”, defende o director do referido instituto, Magnus Brechtken, em reação às críticas sobre a publicação do livro.

Em declarações ao The Washington Post, Brechtken afirma: “Compreendo que alguns possam sentir desconforto ao saber que um livro que desempenhou um papel tão dramático possa voltar a estar disponível ao público (…) Por outro lado, penso que é uma forma apropriada de transmitir conhecimento e informação histórica – uma publicação com comentários apropriados -  precisamente para prevenir que esses acontecimentos traumáticos voltem a acontecer”.


Os direitos autorais de “Mein Kampf” (“A Minha Luta” em português) cessam no final deste ano e após vários avanços e recuos, o Governo da Baviera admitiu a publicação, em 2016, de uma edição comentada do manifesto de Hitler.


Quando as tropas americanas ocuparam Munique, no final da II Guerra, a editora Franz Eher, que publicara “Mein Kampf” e que detinha os direitos da obra, foi desmantelada. Os direitos passaram para o Governo da Baviera, que nunca permitiu a reedição da obra, autorizando apenas a publicação de alguns excertos para fins pedagógicos.


Florian Sepp, responsável da Biblioteca Estatal da Baviera, que detém o original do “Mein Kampf”, disse ao The Washington Post: “Este livro é demasiado perigoso para o público em geral”.



Últimas