Cultura

Obras de Miró regressam a Portugal até final de fevereiro e haverá novo leilão

O presidente do conselho de administração da Parvalorem, Francisco Nogueira Leite, afirmou hoje, no Parlamento, que as  obras de Miró vão regressar a Portugal até ao final de fevereiro e que será  marcado um novo leilão. 

O responsável falava perante os deputados da Comissão Parlamentar de  Educação, Ciência e Cultura, na sequência de um requerimento do grupo parlamentar  do Partido Socialista aprovado por unanimidade. 

Na sequência de questões da deputada socialista Inês de Medeiros, que  iniciou a ronda de perguntas, Francisco Nogueira Leite disse que "as obras  voltarão a Portugal até ao final de fevereiro, sem custos para os contribuintes".

As 85 obras de Joan Miró estavam para ser vendidas a 04 de fevereiro,  em Londres, segundo um contrato estabelecido com a leiloeria Christies,  que acabou por cancelar a venda quando surgiram dúvidas relativamente à  legalidade da sua saída de Portugal. 

Francisco Nogueira Leite acrescentou ainda que a administração da empresa  já combinou com a leiloeira Christies que seja realizado novo leilão das  obras, "assim que houver condições económicas para o fazer". 

A Parvalorem é uma das três empresas criadas pelo Estado para a recuperação  de créditos do antigo Banco Português de Negócios (BPN), nacionalizado em  2008. 

Esta audição acontece numa altura em que o Tribunal Administrativo de  Círculo de Lisboa está a avaliar uma providência cautelar interposta pelo  Ministério Público (MP) para suspensão das deliberações e atos referentes  à alienação das obras de Miró. 

Trata-se da segunda providência cautelar sobre este caso, depois de  o MP ter interposto outra providência cautelar, que foi indeferida pelo  mesmo tribunal, pedindo a suspensão da venda do acervo de obras que eram  do BPN. 

 

Lusa

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