"Não haverá mais tréguas", disse Zajarchenko, acrescentando que as milícias já combatem contra os soldados ucranianos em vários pontos da região numa ofensiva que se vai estender "até à fronteira da região da Donetsk".
Esta ofensiva - que está a ser noticiada pelas agências de notícias da Rússia - põe em causa os pontos centrais dos acordos de Minsk, assinados no passado mês de setembro com o governo de Kiev, e que estabelecem uma linha de separação entre as duas partes (forças governamentais ucranianas, e milícias separatistas) e a retirada de armamento pesado.
As declarações de Zajarchenko surgem dois dias depois do encontro de Berlim que reuniu os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Ucrânia que concordaram em organizar negociações entre Kiev e os comandantes separatistas, nos próximos dias.
As milícias de Donetsk conseguiram nos últimos dias avanços no terreno como o controlo do aeroporto nos arredores da cidade, transformado em campo de batalha durante os últimos meses.
O líder separatista disse também que as únicas negociações que admite são os contactos entre as duas partes sobre a possibilidade de troca de prisioneiros.
Na quinta-feira, o comandante da NATO na Europa, Philip Breedlove, disse que as forças apoiadas pela Rússia no Leste da Ucrânia renovaram "capacidades" e que a situação piorou a uma escala "sem precedentes".
Lusa