Segundo o ministério do Interior russo, na marcha, que partiu da praça Púchkin, participaram 27 mil pessoas, convocadas "para apoiar o povo irmão na sua luta contra os provocadores que tomaram o poder em Kiev".
Sob o lema de "assembleia popular pelo povo irmão", os manifestantes marcharam com bandeiras russas e cartazes com legendas como "Defenderemos a Crimeia" ou "A Crimeia está connosco".
"Chegaram ao poder de Kiev uns verdadeiros fascistas. As pessoas de quem gosto estão em perigo, a Crimeia é a minha terra natal", disse um participante ao portal informativo "Life news".
Além da marcha, cerca de 50 automóveis organizaram uma caravana nas colinas de Vorobiev, antigas colinas de Lenine, também em apoio aos russos da Crimeia.
A manifestação de apoio aos russos da Crimeia e contra as novas autoridade de Kiev desenrolou-se sem incidentes, pouco depois de terminar, numa zona próxima de Moscovo, um protesto contra a intervenção russa nessa península ucraniana.
Mais de 300 pessoas foram detidas nesta manifestação, onde gritaram "não à guerra", segundo a comunicação social local e organizações de defesa dos direitos humanos.
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do ex-presidente Ianukovich, por causa da Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
A câmara alta do parlamento russo aprovou no sábado, por unanimidade, um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar "o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia".
Esta decisão surgiu um dia depois da denúncia da Ucrânia de que a Rússia fez uma "invasão armada" na Crimeia.
Para hoje está convocada uma reunião de emergência da NATO, ao nível de embaixadores, sobre "a grave situação na Ucrânia".
Lusa