Crise na Ucrânia

Milhares manifestaram-se em Moscovo a favor da intervenção russa na Crimeia

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje no  centro de Moscovo contra a mudança de poder na Ucrânia e para apoiar a população  de origem russa na península da Crimeia, pouco depois de terminar na capital  russa um protesto antiguerra. 

© Sergei Karpukhin / Reuters

Segundo o ministério do Interior russo, na marcha, que partiu da praça  Púchkin, participaram 27 mil pessoas, convocadas "para apoiar o povo irmão  na sua luta contra os provocadores que tomaram o poder em Kiev". 

Sob o lema de "assembleia popular pelo povo irmão", os manifestantes  marcharam com bandeiras russas e cartazes com legendas como "Defenderemos  a Crimeia" ou "A Crimeia está connosco". 

"Chegaram ao poder de Kiev uns verdadeiros fascistas. As pessoas de  quem gosto estão em perigo, a Crimeia é a minha terra natal", disse um participante  ao portal informativo "Life news". 

Além da marcha, cerca de 50 automóveis organizaram uma caravana nas  colinas de Vorobiev, antigas colinas de Lenine, também em apoio aos russos  da Crimeia. 

A manifestação de apoio aos russos da Crimeia e contra as novas autoridade  de Kiev desenrolou-se sem incidentes, pouco depois de terminar, numa zona  próxima de Moscovo, um protesto contra a intervenção russa nessa península  ucraniana. 

Mais de 300 pessoas foram detidas nesta manifestação, onde gritaram  "não à guerra", segundo a comunicação social local e organizações de defesa  dos direitos humanos. 

A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após  a queda do ex-presidente Ianukovich, por causa da Crimeia, península do  sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar  Negro. 

A câmara alta do parlamento russo aprovou no sábado, por unanimidade,  um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar "o recurso às forças  armadas russas no território da Ucrânia". 

Esta decisão surgiu um dia depois da denúncia da Ucrânia de que a Rússia  fez uma "invasão armada" na Crimeia. 

 Para hoje está convocada uma reunião de emergência da NATO, ao nível  de embaixadores, sobre "a grave situação na Ucrânia". 

 

Lusa

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