De acordo com o chefe clínico da FIFpro, Vincent Gouttebarge, que falou concretamente nos jogos do fim de semana em Fortaleza, entre a Alemanha e o Gana, e em Manaus, entre Portugal e os EUA, as previsíveis paragens intermédias de três a quatro minutos não são as mais indicadas.
Segundo as previsões climatéricas recolhidas pela FIFpro, refere Vincent Gouttebarge, para o jogo de sábado entre a Alemanha e o Gana, em Fortaleza, são esperadas temperaturas superiores aos 29 graus e uma humidade que ultrapassa os 70 por cento.
No dia seguinte, prossegue a FIFpro em comunicado, para o encontro entre Portugal e os EUA, em Manaus, as previsões climatéricas apontam para temperaturas superiores a 29 graus e mais de 80 por cento de humidade.
"A introdução de uma pausa de refrigeração de três a quatro minutos no minuto 30 e 75 de uma partida não parece ser a melhor solução para reidratação ideal", defende Vincent Gouttebarge.
Ainda de acordo com o clinico, a quantidade de líquido que um atleta pode ingerir e digerir durante o exercício é de até 200-250ml a cada 15 minutos, pelo que o ideal seria adotar uma estratégia de reidratação com quebras curtas a cada 15 minutos.
A FIFpro acusou ainda a FIFA de não ter protegido a integridade física do jogador Álvaro Pereira, do Uruguai, após a forte pancada sofrida na cabeça durante jogo com Inglaterra, em São Paulo.
O sindicato dos jogadores solicitou uma averiguação ao incidente e, inclusive, uma revisão dos regulamentos, no sentido de ser permitido uma substituição temporária de um jogador que se veja envolvido em situação idêntica, para que possa ser observado.
Álvaro Pereira chocou com a cabeça contra o joelho de Raheem Sterling e, depois de uma aparente quebra de consciência, regressou ao relvado, apesar das indicações contrárias do próprio departamento clínico da seleção do Uruguai.
Lusa