Legislativas 2019

Catarina Martins defende que Tancos “não deve ser um caso de eleições”

O Bloco de Esquerda iniciou o quarto dia de campanha oficial com uma visita ao Mercado de Benfica, em Lisboa.

Miguel A.Lopes/ LUSA

A coordenadora do BE defendeu hoje que a questão de Tancos "não deve ser um caso de eleições" porque "já decorre há bastante tempo", escusando-se a fazer qualquer especulação uma vez que a acusação ainda é desconhecida.

O quarto dia de campanha oficial do BE começou com uma visita ao Mercado de Benfica, em Lisboa, no final da qual Catarina Martins foi questionada sobre se temia que o caso de Tancos contaminasse este período eleitoral e também sobre como via o envolvimento do nome do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já declarou que "não é criminoso".

"Este é um caso que não é de agora e, portanto, que eu julgo que não deve ser um caso de eleições, até porque já decorre há bastante tempo. Como sabe a acusação ainda não se conhece e, portanto, eu não vou fazer qualquer tipo de especulação sobre essa matéria", começou por responder.

Sobre o caso de Tancos, a líder bloquista quis apenas "repetir o que o Bloco de Esquerda disse sempre", ou seja, que "a justiça deve fazer o seu caminho e deve apurar todas as responsabilidades e todas as consequências".

"Portugal é uma democracia e é assim que deve funcionar", concluiu.

Na terça-feira, em Nova Iorque, o Presidente da República reiterou nunca ter sido informado, por qualquer meio, sobre o alegado encobrimento na recuperação das armas furtadas de Tancos, e sublinhou que "é bom que fique claro" que "não é criminoso".

"Espero que seja a última vez que falo sobre a matéria, até porque se aguarda a todo o momento a acusação, no caso de ela existir, e o que haja a investigar contra quem quer que seja, sem qualquer limitação, seja investigado", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que se trata dos "mesmos factos, os mesmos elementos", de "há três ou quatro meses, que são reapresentados".

Com Lusa

Últimas