Segundo vários testemunhos, citados pelas agências internacionais, o corpo de Hugo Chávez, que estará em câmara ardente até ao funeral, agendado para sexta-feira, está vestido com um uniforme militar verde-azeitona, uma gravata preta, uma boina militar vermelha e uma faixa vermelha com a inscrição em dourado "Milicia" (Bolivariana), um grupo de civis armados que criou.
O caixão, coberto com a bandeira da Venezuela, está aberto até à zona da cintura com um tampo de vidro, o que permite aos seguidores de Chávez observarem o rosto do líder, que descrevem como "sereno".
Ao lado do caixão está uma guarda de honra composta por elementos dos quatro ramos das Forças armadas venezuelanas (Exército, Marinha, Força Aérea e Guarda Nacional).
Junto do caixão está uma grande cruz dourada e uma espada de ouro, que simboliza a figura do general Simon Bolívar, considerado a maior figura da história política e militar da Venezuela.
Após passarem várias horas numa fila, as pessoas, muitas envergando uma camisa vermelha, símbolo do chavismo (movimento político associado a Hugo Chávez), param por breves segundos junto do caixão para observarem o rosto do líder venezuelano, que liderou o país durante 14 anos. É estritamente proibido tirar fotografias do corpo.
Hugo Chávez morreu na terça-feira aos 58 anos vítima de um cancro que lhe foi detetado em junho de 2011.
Numa entrevista à agência norte-americana Associated Press, hoje divulgada a nível internacional, o chefe da guarda presidencial da Venezuela, general José Ornelas, um lusodescendente, afirmou que Chávez morreu de um ataque cardíaco fulminante e que pediu para não morrer.
"Não quero morrer. Por favor, não me deixem morrer", foram as últimas palavras do líder venezuelano, segundo Ornelas.
"Ele não podia falar, mas disse com os lábios. (...), porque ele amava o seu país, sacrificou-se por ele", referiu o general, na mesma entrevista.
Lusa