Hugo Chavez

Venezuelanos esperam horas para prestar última homenagem a Hugo Chávez

Milhares de pessoas aguardam várias horas  junto da Academia Militar de Caracas para ver o corpo de Hugo Chávez e prestar  a última homenagem ao Presidente venezuelano, que morreu na terça-feira  aos 58 anos. 

© Reuters Photographer / Reuters

Segundo vários testemunhos, citados pelas agências internacionais, o  corpo de Hugo Chávez, que estará em câmara ardente até ao funeral, agendado  para sexta-feira, está vestido com um uniforme militar verde-azeitona, uma  gravata preta, uma boina militar vermelha e uma faixa vermelha com a inscrição  em dourado "Milicia" (Bolivariana), um grupo de civis armados que criou.

O caixão, coberto com a bandeira da Venezuela, está aberto até à zona  da cintura com um tampo de vidro, o que permite aos seguidores de Chávez  observarem o rosto do líder, que descrevem como "sereno". 

Ao lado do caixão está uma guarda de honra composta por elementos dos  quatro ramos das Forças armadas venezuelanas (Exército, Marinha, Força Aérea  e Guarda Nacional).  

Junto do caixão está uma grande cruz dourada e uma espada de ouro, que  simboliza a figura do general Simon Bolívar, considerado a maior figura  da história política e militar da Venezuela. 

Após passarem várias horas numa fila, as pessoas, muitas envergando  uma camisa vermelha, símbolo do chavismo (movimento político associado a  Hugo Chávez), param por breves segundos junto do caixão para observarem  o rosto do líder venezuelano, que liderou o país durante 14 anos. É estritamente  proibido tirar fotografias do corpo. 

Hugo Chávez morreu na terça-feira aos 58 anos vítima de um cancro que  lhe foi detetado em junho de 2011. 

Numa entrevista à agência norte-americana Associated Press, hoje divulgada  a nível internacional, o chefe da guarda presidencial da Venezuela, general  José Ornelas, um lusodescendente, afirmou que Chávez morreu de um ataque  cardíaco fulminante e que pediu para não morrer. 

"Não quero morrer. Por favor, não me deixem morrer", foram as últimas  palavras do líder venezuelano, segundo Ornelas. 

"Ele não podia falar, mas disse com os lábios. (...), porque ele amava  o seu país, sacrificou-se por ele", referiu o general, na mesma entrevista.

Lusa

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