Hugo Chavez

Hugo Chávez vai ser embalsamado e exposto numa urna de cristal durante sete dias

Hugo Chávez vai ser embalsamado e ficará exposto numa urna de cristal num lugar especial "para que todo o mundo possa contemplá-lo como a Ho-Chi Ming, Lenin e como Mao Tse Tung", anunciou, esta noite, Nicolás Maduro.

PRESIDENCY OF VENEZUELA
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Rolando Pujol
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© Tomas Bravo / Reuters

Com lágrimas nos olhos, Nicolás Maduro, anunciou que, por agora, Chávez ficará sete dias mais (e não os três previstos), em Fuerte Tiuna, para que todo o povo o possa ver. Os restos do comandante serão levados para "um lugar especial" que se vai converter num museu da revolução, o Quartel da Montanha, antes de dar outros passos, tal como o povo pede. Será o primeiro lugar Hugo Chávez onde vai repousar e onde vai permanecer, pelo menos, sete dias.

Maduro sublinhou que Chávez "merece todo o amor e vontade" e terminou o anúncio com as palavras "união, união e muita disciplina".

A Venezuela aguarda a chegada de mais 30 chefes de Estado e Governo e 54 delegações de alto nível para assistir ao funeral do Presidente, Hugo Chávez, cujo caixão permanece na câmara ardente instalada na Academia Militar, em Caracas.

"A todos os que vêm, aos que não puderam vir, mas enviaram o seu testemunho de solidariedade, muito obrigado, muito obrigado, mil "obrigados" por essa homenagem póstuma", declarou ao canal estatal o chanceler venezuelano, Elías Jaua.

Jaua afirmou que 16 países, que vão "desde as mais diferentes ideologias", entre os quais citou como exemplo o Chile e o Irão, decretaram luto nacional, facto que é "pouco visto".

Encontram-se na capital venezuelana, desde a quarta-feira passada, o Presidente do Uruguai, Jose Mujica, e o da Bolívia, Evo Morales, que acompanhou o vice-pPresidente, Nicolás Maduro, durante todo o cortejo fúnebre.

Também a Presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, está presente. A chefe de Estado declarou que "assim como Simón Bolívar foi um libertador de povos, Hugo Chávez foi um libertador de mentes". No entanto, a mandatária não vai poder assistir às exéquias porque a comitiva argentina regressa esta quinta-feira ao seu país. Algumas vozes afirmam que este regresso se deve à chegada, à Venezuela, do Presidente do Irão, Mahmud Ahmadineyad, com quem mantém uma relação tensa devido às negociações do atentado terrorista de 1994. Contudo, o ministro de Defesa argentino, Arturo Puricelli, já negou este facto.

Para além destes, também confirmaram a presença no funeral o Príncipe Filipe de Espanha e os Presidentes do México, Enrique Peña; Equador, Rafael Correa; Nicarágua, Daniel Ortega; Honduras, Porfirio Lobo; El Salvador, Mauricio Funes; República Dominicana, Danilo Medina; e do Chile, Sebastián Piñera.

Do Brasil, viajam até à Venezuela tanto a Presidente Dilma Rousseff, (muito afetada por esta morte "tanto pelo líder que se perde, como pelo amigo") e o seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O colombiano Juan Manuel Santos; do Panamá , Ricardo Martinelli; o peruano, Ollanta Humala, e o haitiano, Michel Martelly, também estarão presentes na missa de despedida.

O chefe de Estado da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, e da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, também vão às cerimónias de despedida de Hugo Chávez. Os EUA vão enviar uma delegação. O porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, anunciou que o Governo de Barack Obama estará representado por dois congressistas, um deles reformado, e um diplomata em Caracas.

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