"Para vencer o terrorismo a UE deve ir até ao final porque faz falta uma estrutura unitária de segurança e de defesa. Discute-se o tema da segurança comum desde 1954, a Europa deve fazer mais no plano interno", argumentou o primeiro-ministro italiano.
Para o presidente do governo italiano, que compareceu depois de presidir a uma sessão do Comité de Ordem e Segurança Nacional, "chegou o moento de dizer com clareza que a ameaça é global mas os assassinos são locais".
Por isso, argumentou, "é preciso um projeto de segurança, que não dê tréguas, que defenda a vida dos cidadãos europeus", mediante uma "estratégia lúcida e racional".
Criticando aqueles que "oferecem soluções milagrosas" e defendem o encerramento de fronteiras, Renzi disse: Quem cria ilusões e diz para fecharmos as fronteiras não se dá conta de que os inimigos já estão nas nossas cidades".
Na senda de reações aos atentados desta manhã em Bruxelas, o primeiro-ministro do Japão manifestou solidariedade e expressou a sua "indignação e comoção" numa missiva enviada ao seu homólogo belga, Charles Michel.
"O terrorismo nunca deve ser tolerado. Ofereço as minhas mais sentidas condolências àqueles que pereceram", disse o primeiro-ministro nipónico em declarações aos jornalistas ocidentais.
O rei de Marrocos, Mohamed VI, também ligou hoje ao seu homólogo belga para expressar as suas condolências e manifestou "a mais enérgica condenaçao destes atos terroristas".
Bruxelas foi hoje de manhã abalada por dois atentados, com duas explosões no aeroporto e uma no metro da capital da Bélgica, que fizeram pelo menos 34 mortos e dezenas de feridos.
A procuradoria belga já confirmou que, no caso do aeroporto, tratou-se de um atentado terrorista suicida.
O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.
Lusa