Eleições EUA 2016

FBI mantém recomendação de não acusar Hillary sobre e-mails

A polícia federal norte-americana (FBI) mantém a sua recomendação de não acusar a candidata democrata às eleições presidenciais, Hillary Clinton, sobre o caso dos correios eletrónicos, após ter examinado um conjunto de novas mensagens, anunciou um eleito do Congresso.

© Lucas Jackson / Reuters

Este anúncio favorável à candidata democrata, numa carta que o FBI enviou aos congressistas, pode trazer um novo impulso à campanha de Hillary Clinton, a 48 horas das eleições presidenciais norte-americanas.

A campanha de Hillary Clinton já manifestou contentamento por ver o caso dos 'emails' resolvido.

O congressista do Utah Jason Chaffetz, presidente da comissão de Supervisão da Câmara dos Representantes, escreveu na sua conta da rede social Twitter que, numa carta ao Congresso, o diretor do FBI, James Comey, indicou que, "com base numa nova análise", não se alteraram "as conclusões alcançadas em julho" sobre Clinton.

Em julho, o responsável do FBI criticou Clinton por ter usado uma conta pessoal de correio eletrónico para trocar mensagens, incluindo algumas com informação classificada, no âmbito das suas funções como secretária de Estado -- primeiro mandato de Barack Obama na Casa Branca -, mas informou que o FBI não iria recomendar acusações criminais contra a candidata democrata.

Comey, que foi acusado de dar armas à campanha do candidato republicano, Donald Trump, na reta final para as eleições, na próxima terça-feira, indicou que o FBI trabalhou sem descanso para examinar o mais depressa possível todos os novos correios eletrónicos descobertos.

A nova carta surge após uma outra enviada por Comey no mês passado, na qual informou que os agentes federais iriam analisar novos correios eletrónicos recentemente descobertos no computador de Anthony Weiner, antigo congressista democrata e ex-marido de uma assistente próxima de Hillary Clinton, Huma Abedin.

Weiner está a ser investigado pelo FBI após revelações do diário Daily Mail de que teria trocado mensagens inapropriadas e de conteúdo sexual com uma menor.

"Sempre estivemos confiantes de que nada mudaria na decisão de julho. Agora, Comey confirmou-o", afirmou o porta-voz da candidatura de Hillary Clinton.

Lusa

Últimas