Eleições EUA 2016

FBI não encontra ligações entre Trump e Kremlin

O FBI não encontrou ligações do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, à Rússia, no âmbito de investigações ao alegado envolvimento do Kremlin na campanha presidencial dos Estados Unidos, de acordo com o The New York Times.

Segundo escreveu na segunda-feira o jornal nova-iorquino, o FBI investigou os assessores mais próximos de Trump, procurou conexões com magnatas financeiros russos, com responsáveis pelos ataques informáticos ao Partido Democrata e seguiu uma pista sobre uma comunicação entre o candidato republicano e um banco da Rússia.

"Os agentes asseguram que nenhuma das investigações estabeleceu, até agora, qualquer vínculo entre Trump e o Governo russo", refere o diário The New York Times, sem identificar as fontes.

Além disso, a polícia federal norte-americana acredita que o ataque a contas de correio eletrónico de dirigentes democratas nos últimos meses, pelos quais a Casa Branca responsabilizou a Rússia, tem como objetivo afetar a campanha norte-americana e não ajudar Donald Trump.

Depois de o FBI ter reaberto, na sexta-feira, a 11 dias das eleições presidenciais, a investigação a Hillary Clinton por ter utilizado um endereço de e-mail pessoal para comunicações oficiais quando era secretária de Estado (2009-2013), os democratas desafiaram o seu diretor, James Comey, a revelar os dados sobre as alegadas ligações do candidato republicano com o Governo da Rússia.

O The New York Times -- que tem apoiado a candidatura de Clinton -- insiste que "não apareceram provas" que liguem Trump ou alguém do seu círculo político ou empresarial à Rússia.

Parte da investigação do FBI esteve centrada no ex-chefe de campanha de Trump, Paul Manafort, que surge numa lista de pagamentos do partido do Presidente ucraniano deposto Ianukovich, um aliado de Moscovo.

A cadeia NBC reportou, também na terça-feira, que a investigação a Paul Manafort continua aberta, mas o The New York Times aponta que esse caso explora as ligações entre Manafort e "um Governo cleptocrático na Ucrânia" e não uma influência da Rússia sobre a campanha de Donald Trump.

O artigo também aponta que as investigações do FBI entre agosto e setembro em busca de uma ligação financeira entre a Rússia e pessoas próximas de Trump, das quais o Congresso foi informado, também não deram resultados.

Desde que se lançou na corrida à Casa Branca, Trump elogiou o Presidente russo, Vladimir Putin, como um "grande líder" e as suas manobras na Ucrânia ou na Síria, o que lhe valeu críticas dos democratas, mas também de republicanos.

Lusa

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