Passados 42 dias (duas vezes o período máximo de incubação) sem um novo caso de Ébola, a OMS elogiou "o Governo da Guiné-Conacri e o seu povo" pela sua ação face à doença, ao declarar o seu fim.
"Temos de continuar vigilantes para garantir que são detetados rapidamente e travados quaisquer novos casos que possam ocorrer", disse Abou Bekr Gaye, representante da OMS na Guiné-Conacri, citado no comunicado.
Segundo a agência das Nações Unidas, no último surto da doença no país, registaram-se sete casos confirmados e três prováveis de Ébola entre 17 de março e 06 de abril. Outros três casos foram confirmados numa mulher e nos seus dois filhos que viajaram da Guiné-Conacri para a Libéria.
A fonte de infeção deste surto poderá ter sido a exposição a fluidos corporais infetados de um sobrevivente de Ébola, indica a OMS, adiantando que "subsiste o risco" de outros surtos com a mesma origem.
A epidemia de Ébola na África Ocidental iniciou-se em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri e causou mais de 11.300 mortos, essencialmente neste país, na Serra Leoa e na Libéria.
A 29 de março, a OMS anunciou que aquela epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus em 1976, já não representava uma "emergência de saúde pública de âmbito internacional", como tinha declarado em agosto de 2014.
Lusa