Ébola

Primeiro paciente com suspeita de contágio do vírus Ébola examinado no Rio de Janeiro

O primeiro paciente com suspeita de Ébola no Brasil foi já transferido da cidade de Cascavel, no sul do país, para o Rio de Janeiro, onde lhe foi feita uma análise de sangue, cujo resultado ainda se desconhece.

O paciente, nacional da Guiné-Conacri, entrou no Brasil no dia 19 de setembro, pelo aeroporto de São Paulo (Guarulhos), proveniente de Marrocos e apresentou-se numa unidade hospitalar de Cascavel, no estado do Paraná, com febre tendo sido identificado como um possível caso de contágio da doença.

Em conferência à imprensa, o ministro da Saúde brasileiro, Arthur Chioro, procurou tranquilizar a população, garantindo que todas as medidas de proteção foram tomadas e que não há risco de contágio até agora, recordando que o paciente não apresenta hemorragia ou diarreia.

"Ele entrou no país sem sintomas e procurou atendimento reportando febre. Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) foi para o ambiente de isolamento, mas não tinha diarreia, nem sangue, isso faz com que o grau de contato da equipa seja pequeno", afirmou.

Durante o processo, foram identificadas 64 pessoas que tiveram contato com o caso suspeito, sendo 60 da equipa de atendimento médico e outras quatro do seu convívio particular.

Essas pessoas serão monitoradas a partir de agora para verificar a possibilidade de surgir qualquer sintoma ligado à doença. Caso a suspeita de contágio do paciente africano seja confirmada, o monitoramento a pessoas passa a ser mais rigoroso.

O 'kit' de segurança utilizado para o transporte fazia parte, segundo o ministro, das preparações feitas para abrigar o Mundial de Futebol da Fifa, realizados em junho deste ano, quando o país se preparou para enfrentar um eventual caso de terrorismo biológico.

"Tínhamos todas as condições que nos permitiram transportá-lo em segurança e com a proteção da equipa", enfatizou o ministro.

O governo brasileiro ainda não conhece, no entanto, a trajetória exata realizada pelo africano entre São Paulo, no sudeste, e o município de Cascaval, no sul do país. Há especulações, ainda não confirmadas, de que ele terá passado antes por uma cidade argentina.

O sangue do paciente foi recolhido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, instituição escolhida como referência para tratar casos suspeitos de infecção pelo Ébola.

 

Lusa

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