Ébola

Médico norte-americano infetado com vírus do Ébola na Libéria 

Um médico norte-americano que faz parte das  equipas que se encontram a prestar assistência às vítimas do Ébola na Libéria  está infetado pelo vírus. 

A OMS continua a não recomendar as restrições de viagens e comércio  aos quatro países afetados pela epidemia. 
© Stringer . / Reuters

Kent Brantly, médico da organização cristã norte-americana Samaritan's  Purse encontra-se hospitalizado e isolado do resto da equipa no hospital  EWLA em Monróvia. 

    "Brantly é casado e tem dois filhos. O Samaritan's Purse está empenhado  em fazer tudo o que seja possível para ajudar Brantley durante esta altura  de crise. Pedimos a todos para rezarem por ele e pela família", refere a  organização num comunicado difundido através da internet. 

    O médico é diretor do centro de apoio aos casos de Ébola do Samaritan's  Purse na Libéria, onde a organização mantêm o trabalho em coordenação com  as autoridades locais e outros grupos internacionais no sentido de conter  a epidemia. 

    A febre hemorrágica que caracteriza a doença regista um elevado número  de mortes. 

    A Libéria, a Serra Leoa e a Guiné Conacri foram os primeiros países  afetados pelo novo surto que está também a atingir a Nigéria que registou  na semana passada a primeira morte causada pelo Ébola.  

    No dia 20 de julho, a Organização Mundial de Saúde indicou que se registaram  1.093 casos durante os últimos seis meses, entre os quais se verificou a  morte de 660 pessoas.  

    O vírus pode afetar as vítimas durante vários dias, causando febre com  temperaturas elevadas, dores musculares, vómitos, diarreia e, em alguns  casos, hemorragias. 

    De acordo com os investigadores é possível que o Ébola seja transmissível  por animais que foram atacados por morcegos. 

    O vírus transmite-se aos humanos através de fluídos: sangue e transpiração  o que significa que uma pessoa pode facilmente ficar doente apenas por tocar  no corpo de uma pessoa infetada. 

    Não existe vacina contra o Ébola e os pacientes devem ser imediatamente  isolados para que o contágio seja evitado. 

    O primeiro caso foi registado em 1976 no Zaire, atual República Democrática  do Congo, tendo a doença adotado o nome de um rio do país. 

Lusa

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