Adolfo Mesquita Nunes anunciou este sábado a desfiliação do CDS, após 25 anos de militância no partido. Numa publicação no Facebook, diz que o partido em que se filiou deixou de existir.
Mesquita Nunes justifica a decisão na convicção de que o partido é estruturalmente diferente do partido em que se filiou e que serviu como dirigente.
"O partido em que me filiei deixou de existir. Nunca pensei pedir a desfiliação do partido em que milito há 25 anos, a quem tanto devo e a quem entreguei boa parte da minha vida, do meu empenho e do meu entusiasmo", lê-se numa nota publicada na página de Facebook de Adolfo Mesquita Nunes.
"Se o faço hoje, no que provavelmente é o mais difícil ato político da minha vida, é porque o partido em que me filiei, o CDS das liberdades, deixou de existir", acrescentou.
A decisão surge depois de um Conselho Nacional em que o atual líder conseguiu adiar as eleições internas para depois das eleições legislativas antecipadas.
Este facto leva Adolfo Mesquita Nunes a acusar o CDS de ter desistido de "discutir e decidir em Congresso com que liderança e com que estratégia deve enfrentar as próximas eleições legislativas".
O antigo vice-presidente do partido candidatou-se à liderança em janeiro deste ano, mas perdeu para Francisco Rodrigues dos Santos.
"Deixo o CDS sem uma gota de arrependimento pelo percurso que nele fiz durante 25 anos. Foi uma honra ter servido e representado o CDS e é com orgulho que olho para o que, com erros e acertos, fomos capazes de fazer em nome da direita das liberdades. [...] O meu valor primeiro é o da liberdade. Nunca o comprometi ao ser do CDS. E é em nome da liberdade que me desfilio", rematou.