Ciclone Idai

Número de mortos em Moçambique sobe para 518

Há ainda 1.1641 feridos e mais de 146 mil pessoas instaladas em centros de acolhimento.

Philimon Bulawayo/ Reuters

As autoridades moçambicanas atualizaram hoje para 518 o número de mortos provocados pelo ciclone Idai e pela cheias que se lhe seguiram, mais 17 vítimas mortais relativamente aos últimos dados divulgados.

De acordo com o ponto de situação divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Gestão de Catástrofes (INGC) de Moçambique, registaram-se ainda 1.1641 feridos e mais de 146 mil pessoas estão agora instaladas em centros de acolhimento.

O número de feridos representa um aumento de 118 relativamente aos 1.523 do anterior balanço, enquanto as pessoas que procuraram abrigo nos centros de acolhimento subiram para 146.142 (mais 5.535).


A estimativa de pessoas afetadas mantém-se nas 843.723 e o número de famílias beneficiárias de assistência humanitária é agora de 29.291 (mais 193).


O grupo de pessoas afetadas inclui todas aquelas que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.


As autoridades atualizaram também o número de casas totalmente destruídas que ascende agora a 59.910 (56.095 no anterior balanço), 33.925 parcialmente destruídas (28.129 segundo os anteriores dados) e 15.784 inundadas, sendo que a maioria são habitações de construção precária.

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Dificilmente as autoridades terão capacidade para conhecer o número real de vítimas.

A reportagem é dos enviados da SIC a Moçambique, Ana Peneda Moreira e Rafael Homem.

O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.


Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), o ciclone Idai provocou ainda danos em 3.318 salas de aulas, com 150.854 alunos prejudicados, dados que se mantêm relativamente ao balanço anterior.

O Ministério da Educação de Moçambique ordenou a abertura de todas as escolas que tenham condições para recomecar as aulas. Muitas já recebem alunos, ainda que os tetos e paredes continuem frágeis. Outras tantas estão ainda transformadas em centros de abrigo, como dá conta a reportagem dos enviados da SIC.

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