"Perder [quase] todos eles de forma tão trágica destruiu totalmente a nossa cidade e cada um de nós", disse Carla Vilembrini na noite de terça-feira, no exterior da catedral de Santo António. Tal como muitos dos presentes, Carla vestia as camisolas do clube, verdes e azuis.
Entre entre 77 passageiros e tripulantes, apenas seis pessoas sobreviveram, incluindo três jogadores e um jornalista.
Segundo os últimos dados oficiais, o acidente provocou 71 mortos, 51 ligados ao clube brasileiro e 20 jornalistas.
Residentes inconformados desta cidade brasileira com cerca de 200.000 habitantes - um centro de agro-negócios no estado de Santa Catarina, perto da fronteira com a Argentina -, vagueavam na terça-feira pelas ruas em volta do estádio - conhecido como Arena Condá - em silêncio.
"A cidade está muito calada", disse o empresário Cecilio Hans. "As pessoas só vão acreditar quando os corpos começarem a chegar", acrescentou.
O avião em que viajava a equipa dirigia-se a Medellín, na Colômbia, onde o Chapecoense ia disputar a primeira mão da final da Taça Sul-Americana com o Atletico Nacional.
O acidente aéreo ocorreu na segunda-feira à noite, perto de Medellín.
O aeroporto de Medellín informou que o avião declarou-se "em emergência" às 22:00 locais (3:00 de hoje em Lisboa) "por falhas técnicas".
Com Lusa